Monarquia - República

terça-feira, 2 de outubro de 2007
Postado por PORTUGA

Marcado por acontecimentos fracturantes, o intervalo entre 1900 e 1924 representa um período decisivo na História de Portugal.
Em Fevereiro de 1908, o regicídio prenuncia a instauração do regime republicano, que se vai concretizar em Outubro de 1910. Estes acontecimentos reflectiam o sentir de uma sociedade, cuja cabeça se encontrava em Lisboa, e que há muito se sentia dissociada da forma como o país era gerido. Este distanciamento era sentido quer pelas elites económicas, sociais e intelectuais do país, quer sentido de igual forma pelas classes desfavorecidas, envolvidas e reagindo de forma violenta às novas exigências feitas pelas estruturas dirigentes. A Carbonária, sociedade secreta reorganizada em Portugal por Luz de Almeida, recruta membros entre as classes trabalhadoras, formando um exército secreto, de intuitos revolucionários. Alfredo Costa e Manuel Buíça, os regicidas, pertencem a esta sociedade.

A República instaura um novo regime político, mas as divisões e lutas internas, vão marcar todo este período.

Os escritores da época, atingidos pelo mal do “fin-de-siécle”, denunciavam, conforme se passava por toda a Europa, a corrupção da sociedade. Deixaram vigorosos testemunhos escritos, em que ninguém escapava ao pessimismo condenatório das leis e regras vigentes, propondo e indiciando novos caminhos e novas esperanças para a regeneração dos povos. As alterações sociais fecundam novas correntes literárias, surgindo uma importante produção de obras literárias publicadas entre 1900 e 1924, reflectindo a sociedade e os seu males.
A criação artística reflete igualmente a experimentação de novas fórmulas. Conjuga-se novos meios e novas dimensões: impressionismo, cubismo, surrealismo e abstraccionismo.

1 comentários:

Anônimo disse...

Minha bela Monarquia! Estes Repúblicanos estão todos comprados!